Mick Fanning começa a todo vapor. Foto: © ASP / Cestari.Por Redação Waves.com.br
Os atletas que surfaram as primeiras baterias puderam pegar altos tubos e garantir o espetáculo ao público que lotou a praia, porém o mar não ofereceu as mesmas condições nas horas seguintes.
Atual campeão mundial e defensor do título da etapa francesa, o australiano Mick Fanning foi um dos destaques na parte da manhã e conseguiu a melhor onda do dia. Com um tubão de frontside para a direita, ele arrancou 8.33 dos juízes, para despachar os norte-americanos Taylor Knox e Gabe Kling para a repescagem.
Atualmente na quinta colocação do ranking Fanning se diz instigado para melhorar sua situação na corrida pelo título.
"Eu só preciso ganhar eventos. É simples assim. Sinto que estou surfando bem, mas cometi alguns erros táticos este ano, que me custaram caro. Eu amo os próximos eventos que estão por vir, então espero que eu possa entrar em um ritmo de vitórias", complementa Mick Fanning.
Atualmente na segunda posição do ranking, o sul-africano Jordy Smith também apresentou uma performance convincente ainda na parte da manhã e encontrou seus tubos também.
Com 14.00 pontos somados em dois deles, ele derrotou os australianos Luke Stedman e Julian Wilson sem maiores dificuldades.
"Olhando o mar de fora, as ondas parecem maiores do que realmente estão. Eu poderia ter usado uma prancha menor, mas nas baterias anteriores vi ondas mais sólidas. As ondas realmente estavam muito divertidas em minha bateria. Havia um monte de tubos", relata Jordy Smith.
Quem roubou a cena também nesta manhã foi o norte-americano Patrick Gudauskas, que estreou este ano no World Tour e escapou por pouco do corte no meio da temporada.Ele abusou dos tubos e ainda encontrou espaço para decolar alto e somar 10.10 pontos, o suficiente para vencer seu compatriota Kelly Slater, que não se encontrou na água e somou apenas 4.00 pontos. O wildcard local Maxime Huscenot também caiu para a repescagem.
"Fiquei muito feliz quando peguei aquele, pois definitivamente foi ele que me deu a vitória. Eu estava disputando posicionamento com o Kelly quando ele pegou a primeira da série, que acabou sendo menor e a segunda ficou para mim. Eu havia subestimado a onda. Mal fiz o drop e já estava debaixo do lip vendo o tubo rodar. Quando fui espirrado para fora, aquela rampa se formou na minha frente e foi instinto mandar aquele aéreo", vibra Patrick Gudauskas.
A maior somatória do dia ficou com o australiano Owen Wright, também estreante no Tour. Depois de investir forte de frontside nas esquerdas, ele somou 14.13 pontos, para vencer o português Tiago Pires e o havaiano Roy Powers.
"Vi o Ace Buchan pegar uma esquerda boa lá fora e logo percebi que seriam boas para mim, pois sou goofy footer, então resolvi investir nelas. Realmente não sinto que peguei nenhum tubo incrível, mas de acordo com as condições deu certo", analisa Owen Wright.
Jeremy Flores, único francês entre a elite do ASP World Tour fez bonito e levou a torcida local ao delírio, ao derrotar na primeira bateria do dia os australianos Bede Durbidge e Daniel Ross, com 9.36 pontos somados.
"Eu nunca tinha me dado muito bem neste evento, então já avançar direto sem repescagem é uma grande sensação. Quero fazer bonito na frente da mihna família e meus amigos. Hoje o pico está bombando e estou muito feliz por ter me dado bem depois de um começo instável", comemora o ídolo da casa.
Brazucas encaram repescagem Depois da sexta bateria, a direção de prova resolveu parar as baterias por mais de uma hora, na espera de ondas melhores em função da variação de maré.
Logo na sequência da pausa o primeiro brasileiro foi para a água, Adriano de Souza. Porém, a maioria das séries fechavam e quebravam em picos indefinidos.
O paulista começou bem. Conseguiu pescar boas ondas e atacá-las com fortes batidas, principalmente nas direitas, que o deixaram na liderança durante grande parte do duelo e renderam notas 4.60 e 5.00 nas melhores, sendo que em uma delas ele ainda conseguiu um tubo.
Porém, na loteria, quem se deu melhor foi o norte-americano Brett Simpson, que também encontrou as suas nos últimos minutos e conseguiu reverter o resultado. Com 10.94 somados, ele mandou Mineirinho e o australiano Chris Davidson para a repescagem.
Duas baterias depois foi a vez do potiguar Jadson André entrar em ação, em condições ainda mais complicadas. Ele ainda conseguiu encontrar ondas com espaço para no máximo duas manobras e não perdoou. No começou investiu nas direitas, mas foi em duas esquerdas que ele conseguiu um tubo e algumas pancadas, para arrancar nota 8.00, que somada a outro 4.97 lhe renderam 12.97 pontos no total.
Apesar de Jadson pegar a melhor onda da bateria, quem levou a melhor foi o australiano Adrian Buchan que por apenas 0.06 pontos de diferença mandou o brasileiro junto com o também aussie Matt Wilkinson para a repescagem.
Primeira fase
2 Dane Reynolds (EUA) 13.70, Luke Munro (Aus) 9.83 e Kieren Perrow (Aus) 6.84
3 Taj Burrow (Aus) 10.93, Travis Logie (Afr) 5.43 e Adam Melling (Aus) 5.36
4 Mick Fanning (Aus) 13.00, Taylor Knox (EUA) 2.24 e Gabe Kling (USA) 1.96
5 Jordy Smith (ZAF) 14.00, Luke Stedman (AUS) 8.27 e Julian Wilson (AUS) 8.03
6 Patrick Gudauskas (EUA) 10.10, Maxime Huscenot (Reu) 5.40 e Kelly Slater (EUA) 4.00
7 Brett Simpson (EUA) 10.94, Adriano de Souza (Bra) 9.60 e Chris Davidson (Aus) 6.87
8 CJ Hobgood (EUA) 11.83, Tom Whitaker (Aus) 7.73 e Michel Bourez (Tah) 5.43
9 Adrian Buchan (Aus) 13.03, Jadson André (Bra) 12.97 e Matt Wilkinson (Aus) 9.34
10 Owen Wright (Aus) 14.83, Tiago Pires (Por) 7.77 e Roy Powers (Haw) 2.03
11 Fredrick Patacchia (Haw) 14.13, Damien Hobgood (EUA) 11.10 e Dusty Payne (Haw) 7.87
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