sexta-feira, 29 de abril de 2011

Ilheense Bruno Galini se destaca no Rio de Janeiro

Bruno Galini tem boa apresentação na abertura da segunda etapa do Rio Surf Pro. Foto: Pedro Monteiro.

Por Redação Waves.com.br

Válido pela segunda etapa do Circuito Estadual do Rio de Janeiro, o Arnette e Mate Leão apresenta Rio Surf Pro 2011 começou nesta sexta-feira na praia do Recreio dos Bandeirantes (RJ).

Surfistas de nove estados duelaram em busca de preciosos pontos no ranking do Brasil Tour e no ranking estadual em boas ondas de meio metro no Canto do Recreio.

O maior destaque do dia foi o baiano Bruno Galini. Atual campeão nordestino, Galini venceu os surfistas Thiago Vilar (2º) e Giuliano Arreyes (3º) com uma ótima atuação na terceira bateria do evento.

Em uma boa onda para a direita, próxima da pedra do Pontal, o surfista fez uma ótima rasgada, seguido de um belo floter e mandou um aéreo alto com as duas mãos na borda.

Focado na bateria, o surfista de ilhéus somou mais uma boa onda para avançar à próxima fase da competição.

“Meu foco esse ano é ser campeão do Brasil Surf Pro. Venho fazendo um bom trabalho com meu shaper, Joca Secco, e essa etapa está sendo muito boa para testar novos equipamentos durante uma competição”, diz Bruno Galini, o terceiro melhor surfista do Brasil Surf Pro em 2010.

Outra boa apresentação foi a do atleta da nova geração carioca Daniel Munhoz. Na décima quarta bateria da primeira fase, o surfista local do Canto do Recreio venceu ninguém menos do que o atual campeão brasileiro, Jean da Silva.

Com apenas 17 anos, o surfista apostou todas as forças nas ondas em que treina diariamente. ”Competir no Canto é perfeito. Todo dia surfo aqui e sabia que essas direitas funcionariam na minha bateria”, comemora Daniel.

As disputas recomeçam neste sábado, às 8 horas, com os seis confrontos da segunda fase. A grande final está prevista para acontecer por volta das 14 horas deste sábado.

Proteção Dando continuidade ao projeto de cercamento da vegetação costeira da cidade do Rio de Janeiro, a Feserj (Federação de Surfe do Estado do Rio de Janeiro) e a Associação do Canto do Recreio anunciaram a colocação de 70 toras de madeira de reflorestamento para proteger a restinga e mais 450 metros de arame para fortificar essa limitação.

“Já são 11 anos do começo da nossa preocupação com a restinga. Lançamos esse projeto durante o Pontal Eco Classic, no ano de 2000, junto com o Recreio Surf Clube e fizemos o primeiro canteiro de proteção da vegetação costeira”, diz Abílio Fernandes, presidente da Feserj.

O Arnette e Mate Leão apresenta Rio Surf Pro 2011 - evento especial de nível 3A do Circuito Brasileiro Profissional - oferece 1.000 pontos no ranking Brasil Tour ao vencedor e R$ 30 mil em prêmios, sendo R$ 8 mil para o campeão da etapa.

domingo, 24 de abril de 2011

Joel brilha e vence

Joel Parkinson badala o tão sonhado sino. Foto: Fernando Iesca.


Por Redação Waves.com.br

O australiano Joel Parkinson é o campeão do Rip Curl Pro 2011, segunda etapa do ASP World Tour encerrada neste domingo em Bells Beach, Austrália. Esta foi uma edição especial do evento, que comemora 50 anos de história.

As tradicionais direitas do pico bombaram o dia todo e ofereceram paredes sólidas com até 2,5 metros nas melhores séries, para delírio da multidão que lotou as arquibancadas naturais do pico para assistir uma decisão entre dois australianos.

O público foi tanto, que por volta das 11 horas da manhã o acesso à reserva ecológica estadual "Bells Beach Surfing Reserve" teve que ser fechado pelas autoridades locais, por não suportas mais veículos.

"É incrível! Não só por ter ganho o evento, mas por ser a edição comemorativa de 50 anos, que deixa a conquista muito mais especial e também tivemos altas ondas. Nem me lembro da última vez que Bells quebrou tão no campeonato. Estou muito empolgado, nem posso acreditar em tudo isso", comemora o campeão.

Para vencer, Parko derrotou o compatriota Mick Fanning por 18.53 a 13.26 em frente à multidão na final do evento e não deixou dúvidas ao deixá-lo em combinação, precisando trocar duas notas para reverter o resultado.

Nos últimos segundos, uma série que podia ser a salvação de Fanning apareceu no outside. Ele estava bem posicionado, mas Parko fez uso da prioridade para impedir qualquer possibilidade de reação.

Para fechar com chave de ouro, o campeão do evento ainda arrumou um belo tubo e na sequência destruiu a parede com expressivas rasgadas, que lhe renderam nota 10, a única do campeonato.

"Para mim, Mick Fanning estava quebrando e em nenhum momento achei que pudesse vencê-lo com qualquer facilidade. Acho que nós dois usamos a mesma estratégia de conseguir boas pontuações logo de início. Eu sabia que mesmo que conseguisse qualquer nota alta, precisaria sempre de mais para detê-lo. Estive sobre pressão o tempo todo", revela Joel Parkinson, que já havia vencido o evento em 2004 e 2009.

Desde o primeiro round do evento, Joel Parkinson exibiu performances consistentes e pontuações altas em todas as baterias que surfou, obtidas com um surf muito fluído, radical e com manobras perfeitamente encaixadas no ritmo da onda de Bells, com destaque para os roundhouse cutbacks aplicados com pressão e estilo.

"Definitivamente sinto que estou de volta e surfando melhor do que em 2009, antes de contundir meu tornozelo. Estou me sentindo em forma e estou com boas pranchas. Estou muito animado para o resto da temporada", finliza Parko.

Mineirinho fica em terceiro Adriano de Souza foi o brasileiro mais bem colocado na prova. O surfista do Guarujá terminou em terceiro lugar, depois de ser eliminado pelo campeão do evento na semifinal.

Com excelentes atuações no decorrer da prova, o guarujaense teve seu ponto alto nas quartas-de-final, quando eliminou o dez vezes campeão mundial Kelly Slater.

Ele não deu a mínima chance ao dez vezes campeão mundial. Não bastasse a vitória por 18.00 a 11.24, o guaruajense ainda colocou o adversário na desagradável situação de combinação.

Adriano surfou com extrema radicalidade, fluidez e mandou manobras arriscadas, para somar notas 9.33 e 8.67, que garantiram seu passaporte à semifinal.

"Encontrei meu ritmo na bateria contra o Slater, mas contra o Joel não consegui encontrar nenhuma onda. Me sinto frustrado, porque eu queria tocar o sino, mas estou realmente feliz com meu resultado. Kelly é meu herói e dez vezes campeão mundial. Ele não conseguiu encontrar as ondas e o mesmo aconteceu comigo no round seguinte contra o Parko. Acontece com todos. A próxima prova acontece em casa e espero que os brasileiros estejam orgulhosos com a minha atuação e a do Jadson neste evento", comenta Adriano de Souza.

"Agora voltei para as cabeças. Precisava de algum resultado que me desse ânimo para eu voltar ao top 5, espero manter essa posição e fazer bons resultados até o final do ano", finaliza Adriano de Souza.

Com este resultado, Adriano de Souza sobe para a quarta posição do ranking e divide o posto com o portguês Tiago Pires, com 10.500 pontos somados.

"Hoje não é meu dia e esta não foi minha semana. Isso acontece. Por alguma razão não fiz as escolhas certas e não entrei em sincronia com o mar. Realmente não foi uma boa semana. Em todas minhas bateria as ondas foram fracas e quando elas apareciam eu estava nas erradas. As coisas são assim, alguns dias você ganha e em outros você perde", lamenta Kelly Slater.

"Um quinto lugar não é um mal resultado, porém quando todos os caras que estão na briga pelo título terminam o evento acima de você, você se sente com se tivesse ficado em 17º", analisa o Slater, que era o defensor do título da etapa e atual campeão mundial.

Jadson na quinta posição O potiguar Jadson André começou o dia bem ao passar pelo português Tiago Pires no quinto round, com fortes ataques de backside, sempre em manobras de alto risco, para finalizar o confronto com a estreita diferença de 14.37 a 13.43.

Porém, caiu diante do vice-campeão da prova nas quartas-de-final ao ser vencido por 17.46 a 14.03. Apesar da derrota, Jadson apresenteu ótima performance e surfou de igual por igual, mas deu azar e passou bom tempo esperando por uma onda salvadora que não veio, durante um momento de grande calmaria do mar.

"Foi um resultado bom e já deu pra estabilizar no ranking. Novamente peguei o Mick Fanning e não consegui vencê-lo. Esta é uma onda que favorece muito o surf dele, todo mundo sabe que ele de frontside ele é impossível", admite Jadson André.

"Estou feliz com meu resultado, porque muita gente vem cobrando meu backside e deu pra mostrar que venho evoluindo um pouquinho. Perdi para um cara que é duas vezes campeão do mundo, mas é isso, agora vou relaxar e me focar para a próxima etapa no Brasil", complementa Jadson André, que quebrou a prancha no início da bateria, mas não chegou a partí-la.

Brasileiros O catarinense Alejo Muniz começou muito bem na prova ao vencer de cara o primeiro round, porém caiu diante do compatriota Jadson André na terceira fase, ao ser derrotado por 14.27 a 8.73.

Já o carioca Raoni Monteiro e o paulista Gabriel Medina, que competiu como convidado, não venceram nenhuma bateria e encerraram suas participações na repescagem.

Raoni sentiu uma contusão na perna logo na primeira bateria do evento, que voltou a incomodá-lo também na fase seguinte. O atleta passa por tratamento e recebe auxílio dos médicos da ASP.

A próximo parada do ASP World Tour acontece no Brasil, com janela para realização entre os dias 11 e 22 de maio.

Resultado do Rip Curl Bells Beach 2011

1 Joel Parkinson (Aus)

2 Mick Fanning (Aus)
3 Adriano de Souza (Bra)
3 Jordy Smith (Afr)
5 Owen Wright (Aus)
5 Kelly Slater (EUA)
5 Chris Davidson(Aus)
5 Jadson André (Bra)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Mineiro dá dura nos adversários

Adriano de Souza agride o lip com potência. Foto: Caio Salles / ESPN


Por Redação waves.com.br

O paulista Adriano de Souza garantiu sua passagem ao quarto round do Rip Curl Pro nesta sexta-feira em Bells Beach, Austrália, depois de destruir as direitas do pico e despachar o australiano Adam Melling.

As ondas continuam bombando com cerca de 1,5 metros e séries maiores, porém nas primeiras baterias do dia, durante a maré seca, as pistas para manobras estiveram bem mais lisas.

Ao competir na segunda bateria do dia, Mineirinho soube aproveitar muito bem estas boas condições e não deixou dúvidas, para vencer seu duelo por 16.76 a 10.67 pontos, com uma das melhores performances do dia.

Com forte batidas e rasgadas, ele moeu o lip das direitas de frontside e aplicou bons cutbacks para manter-se sempre no lugar correto da onda, além de aproveitar muito bem toda extensão das paredes e demonstrar alto grau de comprometimento com alto risco nas manobras.

"Este é o melhor Bells dos seis anos que já competi aqui, as ondas estão incríveis. Estou superfeliz por ter avançado nesta bateria e acredito que o mar vai subir cada vez mais daqui pra frente", diz Adriano de Souza.

Agora, Adriano de Souza encara os aussies Owen Wright e Joel Parkinson no quarto round, na rodada em que ninguém é eliminado. Se vencer, compete uma bateria a menos que seus adversários.

"Agora a pressão baixou um pouco, porque estou na posição de me qualificar no meio do ano. Como no ano passado meus melhores resultados foram no comneço da temporada, tenho que no mínimo fazer igual ou melhor para continuar garantido na elite", explica o paulista.

Na quarta bateria do dia, foi a vez do cearense Heitor Alves entrar em ação, porém acabou eliminado pela estreita diferença de 13.16 a 12.27 pontos e caiu diante do australiano Bede Durbidge, que radicalizou com manobras invertendo a rabeta e trabalhou bem a extensão das ondas até o fim.

Já na parte da tarde, em um cenário completamente diferente e com ondas de formação irregular, foi a vez de Jadson André enfrentar Alejo Muniz em um duelo 100% brazuca.

Melhor para o potiguar que investiu de backside em todas ondas que apareceram e não descansou um minuto na bateria, para garantir o máximo de notas possíveis com fortes pancadas em qualquer lip que via pela frente.

"As condições estão completamente diferentes de ontem. As ondas aqui de Bells estão mais gordas e você nunca sabe quando ela vai formar o lip. Dei sorte e consegui escolher bem as ondas para passar a bateria. Quando você está no circuito tem que estar preparado para qualquer condição, não tem como escolher", finaliza o potiguar.

Alejo não teve a mesma sorte. Acabou caindo da prancha em algumas oportunidades cruciais para reverter o resultado e foi eliminado da prova por 14.27 a 8.73.

"Estou superfeliz por ter passado a bateria. Infelizmente não temos como escolher o adversário e de acordo com o seeding acabei caindo contra o Alejo. Ele chegou super bem no circuito e começou com um quinto lugar na primeira etapa. Eu sei que ele quebra muito, mas nessas horas não podemos pensar nisso, tente relaxar e pensar nos nossos tempos de amador, sem pressão, pois nós já competimos juntos desde os 12 anos de idade", explica Jadson André.

Assim como Adriano, Jadson também garantiu vaga para o round que ninguém cai e pega pela frente o australiano Mick Fanning e o taitiano Michel Bourez, melhor competidor desta sexta-feira e o único que bateu a marca de Mineirinho com 17.67 pontos somados.

"Bells é uma onda complicada. É realmente difícil achar as ondas certas, você precisa se concentrar e passar muito tempo na água aqui. Resolvi esperar pelas melhores", conta Michel Bourez, que eliminou o norte-americano Patrick Gudauskas.

O norte-americano Kelly Slater, defensor do título da etapa, caiu na água em dos momentos mais difíceis do dia, mas mesmo assim despachou o australiano Stu Kennedy por 11.34 a 9.30.

"Peguei algumas pequenas só para garantir as notas. Pensei que algumas séries boas entrariam, mas nada veio. Foi apenas uma daquelas baterias com pausas longas no outside. Mas tudo bem, gosto de ter minhas baterias ruins primeiro para depois virem as boas", aposta Kelly Slater.

Os canais de TV por assinatura ESPN transmitem o Rip Curl Pro Bells ao vivo a partir das quartas-de-final. Para saber mais, acesse o site ESPN.

Uma nova chamada para possível reinício da prova acontece na manhã deste sábado.

Quarta fase do Rip Curl Pro Bells 2011

1 Owen Wright (Aus), Adriano de Souza (Bra) e Joel Parkinson (Aus)
2 Bede Durbidge (Aus), CJ Hobgood (EUA) e Kelly Slater (EUA)
3 Jordy Smith (Afr), Chris Davidson (Aus) e Tiago Pires (Por)
4 Michel Bourez (Tah), Jadson André (Bra) e Mick Fanning (Aus)

Terceira fase

1 Owen Wright (Aus) 12.33 x Gabe Kling (EUA) 5.90
2 Adriano de Souza (Bra) 16.76 x Adam Melling (Aus) 10.67
3 Joel Parkinson (Aus) 18.13 x Jeremy Flores (Fra) 8.16
4 Bede Durbidge (Aus) 13.16 x Heitor Alves (Bra) 12.27
5 C.J. Hobgood (EUA) 16.26 x Matt Wilkinson (Aus) 7.50
6 Kelly Slater (EUA) 11.34 x Stu Kennedy (Aus) 9.30
7 Jordy Smith (Afr) 13.27 x Bobby Martinez (EUA) 12.66
8 Chris Davidson (Aus) 14.54 x Kieren Perrow (Aus) 8.33
9 Tiago Pires (Por) 13.17 x Damien Hobgood (EUA) 9.70
10 Michel Bourez (Tah) 17.67 x Patrick Gudauskas (EUA) 13.16
11 Jadson André (Bra) 14.27 x Alejo Muniz (Bra) 8.73
12 Mick Fanning (Aus) 13.50 x Josh Kerr (Aus) 7.77

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Jadson se recupera

Depois de machucar o ombro, Jadson André avança ao terceiro round. Foto: © ASP / Kirstin.


Por redação Waves.com.br

Todas baterias da repescagem do Rip Curl Pro foram realizadas nesta quinta-feira em ondas perfeitas, com cerca de 1,5 metros e séries maiores em Winkipop, Austrália.

Vento terral e linhas intermináveis para a direita definiram um cenário digno de Dream Tour, para a batalha dos tops da elite mundial do surf. As previsões indicam condições ainda melhores para os próximos dias.

Depois de contundir o ombro na primeira fase do evento, o potiguar Jadson André recuperou sua posição na prova e garantiu passaporte ao terceiro round, ao despachar o australiano Daniel Ross.

O placar final foi um raro empate de 12.84 pontos, mas o brasileiro levou a melhor no critério de desempate, já que foi o autor da melhor onda 7.67.

Para isso, Jadson investiu nas melhores séries, com bonitas cavadas com a mão na água seguidas de ataques precisos ao lip e até um bom tubo com muito estilo, que mostram que o potiguar tem feito bem a lição de casa e evolui cada vez mais seu backside neste segundo ano de Tour.

"Nos últimos três anos venho treinando muito meu backside, um dos principais pontos que tenho que melhorar. Ainda tenho muito coisa para evoluir, mas venho treinando. Sempre assisto o Occy e o Matt Wilkinson, que são dois atletas que têm o backside muito bom e tento seguir o exemplo das cavadas com mão na borda", revela Jadson André.

"A bateria foi bem disputada. Sempre é difícil competir com atletas mais experientes como o Daniel Ross. Eu ainda não estava com o ombro 100%. Não tinha certeza se ia surfar bem, por isso sai pegando um monte de onda no início da bateria, para sentir como estava", explica o brasileiro.

O paulista Gabriel Medina e o carioca Raoni Monteiro não tiveram a mesma sorte e registraram as primeiras baixas brazucas na prova.

Em um duelo de goofy footers, Medina caiu diante do australiano Owen Wright, ao perder por 16.70 a 7.90. O jovem brasileiro brasileiro de 17 anos competiu como convidado do evento e apesar de acertar algumas pancadas de backside, não entrou em sintonia total com as ondas do pico e acabou ficando em combinação, precisando trocar duas notas para reverter o resultado.

"Eu sei que o Gabriel é perigoso no outside, portanto me concentrei em pegar logo duas notas boas e trabalhar para aumentar a diferença. Fiquei um pouco nervoso no primeiro round e não fiz o melhor que podia, portanto precisava de uma boa bateria. Não sou mais um estreante e quero chegar no topo. É um desafio, mas estou pronto para acelerar", revela Owen Wright.

Raoni Monteiro quebrou a prancha logo no começo da bateria, e enfrentou uma jornada de correntezas no inside para conseguir trocá-la, além de sentir o joelho contundido durante os treinos.

Depois disso, investiu pesado em uma bomba da série e espancou o lip diversas vezes de frontside, o que lhe rendeu a melhor nota da bateria, 6.77, mas mesmo assim acabou eliminado pela estreita diferença de 12.17 a 11.44.

O vice-campeão mundial Jordy Smith teve a melhor atuação da rodada. Ele despachou o local Adam Robertson, grande conhecedor do pico, que competia como convidado por vencer a triagem.

A missão não foi nada fácil para o sul-africano, que levou a melhor em um dos duelos mais emocionantes do dia e venceu pelo apertado placar de 17.43 a 16.26, depois de um duelo de tubos e fortes manobras em Winkipop, disputado onda a onda.

"Foi uma bateria muito difícil. Robertson começou muito bem e não sei o que estava acontecendo comigo. Comecei em um ritmo ruim e fiquei preocupado, pois as ondas estavam bombando e eu não conseguia nada acima de 4.00. Depois disso, finalmente consegui uma nota boa. Eu sabia que seria uma bateria dura e eu tinha que estar nas melhores ondas", diz Jordy Smith aliviado.

O australiano Josh Kerr também fez uma bela atuação. Com 17.24 pontos somados e dois tubos na mesma onda, ele eliminou seu colega e compatriota Adrian Buchan, para dar o troco da derrota sofrida em casa na primeira etapa do circuito.

"Isto foi muito divertido e eu estava muito empolgado. Eu comemorei os dois tubos que peguei, normalmente não faço isso, desculpe-me, mas ele me venceu em casa e eu tinha que dar o troco com boas pontuações", brinca Josh Kerr.

Uma nova chamada para possível reinício da competição acontece na manhã desta sexta-feira e no 11º duelo do dia o potiguar Jadson André enfrenta o catarinense Alejo Muniz.

Terceiro round do Rip Curl Pro 2011

1 Owen Wright (Aus) x Gabe Kling (EUA)
2 Adriano de Souza (Bra) x Adam Melling (Aus)
3 Jeremy Flores (Fra) x Joel Parkinson (Aus)
4 Bede Durbidge (Aus) x Heitor Alves (Bra)
5 CJ Hobgood (EUA) x Matt Wilkinson (Aus)
6 Kelly Slater (EUA) x Stu Kennedy (Aus)
7 Jordy Smith (Afr) x Bobby Martinez (EUA)
8 Chris Davidson (Aus) x Kieren Perrow (Aus)
9 Damien Hobgood (EUA) x Tiago Pires (Por)
10 Michel Bourez (Tah) x Patrick Gudauskas (EUA)
11 Jadson André (Bra) x Alejo Muniz (Bra)
12 Mick Fanning (Aus) x Josh Kerr (Aus)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Caio Ibelli se destaca no Sul



Por Redação Waves.com.br

O paranaense Peterson Crisanto foi o grande destaque do segundo dia do Oakley Pro Junior 2011 nesta quarta-feira na praia do Campeche, Florianópolis (SC).

Petersinho levantou a torcida na primeira fase ao cravar a maior nota (9.17) e o maior somatório (17.50) da competição até o momento.

Pela quantidade de aéreos que arriscou nas tradicionais direitas do Pico do Riozinho, o surfista de Matinhos fez a décima terceira bateria do dia parecer uma disputa de Expression Session.

Foram oito no total, todos de frontside e seis completados com sucesso. Os catarinenses Luan Carvalho (2º) e Alexandre Thiesen (3º) não conseguiram equilibrar as ações e agora encaram a repescagem do evento.

O sol brilhou forte na capital catarinense e a paradisíaca praia do Campeche proporcionou ondas de meio metro e boa formação na maior parte do dia. Foram disputadas todas as baterias da primeira fase, além de quatro da repescagem.

Em seu primeiro evento no Campeche, Petersinho foi de longe o melhor do dia. Ele tomou a dianteira em sua bateria depois de rasgar forte e mandar um aéreo reverse de nota 9.17.

Logo em seguida, fechou o caixão dos adversários com outro aéreo de nota 8.33. O paranaense ainda se deu ao luxo de destacar notas 8.17 e 7.50.

"É a primeira vez que surfo aqui na minha vida e achei muito legal. Consegui achar duas ondas boas e o vento também está a favor para mandar aéreos", afirma Peterson, que preferiu surfar sem a cordinha amarrada no pé.

"A arrebentação não está muito longe e o leash só atrapalha na hora de dar os aéreos (risos). Mas o resultado é que foi importante, pois dá confiança para os próximos rounds", completa o paranaense.

Quem também se destacou nesta quarta-feira, véspera do feriado da Páscoa em Florianópolis, foi o paulista Caio Ibelli, o único que conseguiu achar os tubos no Riozinho.

Cabeça-de-chave número 1 do evento, Ibelli botou para dentro na oitava bateria da primeira fase para mandar o capixaba Rafael Teixeira e o paulista Wesley Santos direto para a repescagem.

O atleta do Guarujá, atual campeão do evento, assumiu a liderança depois de pentear o topete com um pequeno tubo de frontside que lhe rendeu 7.00 pontos. Ibelli não relaxou e confirmou a vitória em outro bom tubo, de nota 7.17, que o experiente surfista Danilo Costa, comentarista do evento, definiu como "tubo no estilo queixo no joelho".

"A bateria foi boa. O mar está liso, sem vento, e escolhi a prancha certa. Graças a Deus consegui achar bons tubos. As ondas estão pequenas, mas muito divertidas. É isso o que importa", diz Ibelli.

O paulista Filipe Toledo e o catarinense Pedro Husadel, filhos de ex-ídolos do surf nacional, também garantiram classificação com um bom desempenho em Floripa. Filipe, atleta de Ubatuba e filho do bicampeão brasileiro Ricardo Toledo, superou até uma interferência para avançar ao segundo round.

Na penúltima bateria da primeira fase, o atleta atrapalhou uma onda do carioca Felipe Braz e teve a nota de troca cortada pela metade. Mas Filipinho não se intimidou e voou de frontside para cravar 9.15 pontos e igualar a maior nota do dia, estabelecida primeiro por Peterson Crisanto.

"Fiz uma interferência logo no começo da bateria e fiquei instigado para fazer um notão. Esse pensamento deu certo e consegui acertar um aéreo irado", desabafa Filipe.

Já o catarinense Pedro Husadel, local do Campeche e filho do legend catarinense David Husadel, dominou sua bateria do início ao fim para garantir vaga na segunda fase com bons ataque de frontside.

"Conheço bem esta onda. Estou estudando muito e só tenho tempo de surfar em competições. Por isso fiquei surpreendido com minha atuação e estou muito feliz de ter avançado", revela o catarinense, que somou 13.06 pontos e mandou para a repescagem o cearense Diego Mendes (6.07) e o paulista Pedro Aguiar (4.90).

Repescagem Quatro surfistas conseguiram avançar ao segundo round do Oakley Pro Junior pela repescagem nesta quarta-feira. Um deles foi o capixaba Krystian Kymerson, que venceu o confronto homem-a-homem contra o paulista Wesley Santos pelo placar de 15.10 a 8.27.

"Perdi por um vacilo na primeira fase. Mas fiz uma bateria boa contra o Wesley, que é um excelente surfista. Graças a Deus consegui achar boas ondas aqui no inside e é bom voltar ao evento principal com um bom resultado", comemora o capixaba.

Faltam 12 baterias da repescagem para definir os confrontos da segunda fase. Uma nova chamada acontece nesta quinta-feira às 7:30 horas (horário de Brasília).

Baterias restantes da repescagem do Oakley Pro Junior 2011

5 Matheus Toledo (SP) x Jonatan Lima (SC)
6 Filipe Braz (RJ) x Gabriel Farias (PE)

7 Vicente Romero (SC) x Arthur Bittencourt (SP)

8 Matheus Navarro (SC) x Artur Aguiar (SP)
9 Diego Michereff (SC) x Alexandre Thissen (SC)
10 Mariano Arreyes (RJ) x Edgar Groggia (SP)
11 Thiago Guimarães (SP) x Matheus Farias (RJ)
12 Samuel Igo (PB) x Rafael Teixeira (ES)
13 Gustavo Machado (SC) x Victor Drews (SC)
14 Sidney Guimarães (SP) x Diego Mendes (SC)
15 Marco Aurélio (SP) x Persio Nobrega (SC)
16 Luan Carvalho (SC) x Thomas Demetrio (CE)


Brazucas estreiam bem

Alejo Muniz estreia com o pé direito em Bells. Foto: © ASP / Kirstin.


Por Redação Waves.com.br

O paulista Adriano de Souza avançou direto ao terceiro round do Rip Curl Pro Bells na tarde desta quarta-feira em Bells Beach, Austrália, ao vencer os aussies Chris Davidson e Julian Wilson na penúltima bateria da primeira rodada.

As ondas continuam bombando sem parar em Bells, porém as últimas baterias aconteceram na maré cheia, com ondas bem diferentes da parte da manhã.

Apesar disso, Adriano de Souza soube posicionar-se e surfá-las da maneira correta, com fortes ataques à parte crítica e bom repertório de manobras de frontside, como rasgadas, batidas, cutbacks e floaters. Na primeira delas, aproveitou toda extensão da pista até o final e arrancou nota 6.83 dos juízes.

"Minha estratégia foi esperar pelas ondas na seção de Rincon, pois com a maré cheia a onda fica melhor por lá. Assisti o Joel Parkinson na bateria anterior e vi que ele estava se afundando no Bowl, mas quando ele foi para lá conseguiu 9.50 e 8.00. Isso confirmou ainda mais minha decisão de ir para lá", revela Adriano de Souza.

O guarujaense ditou o ritmo do duelo e manteve-se na liderança do início ao fim. A menos de cinco minutos para o término, selou definitivamente a vitória com nota 7.77, ao atacar com ainda mais pressão uma boa da série.

Com 14.60 pontos somados, Mineirinho manda para a respescagem Chris Davidson e Julian Wilson, que somaram 10.83 e 9.83 respectivamente.

"Vi para cá dez dias antes para me preparar e treinar bastante antes do evento. A cada ano que passa o nível do campeonato aumenta mais. Estou feliz por avançar, pois este campeonato comemorativo de 50 anos tem um sabor especial", finaliza Adriano de Souza.

Jadson contundido O potiguar Jadson André não teve a mesma sorte e caiu para a repescagem depois de contundir o ombro logo na primeira onda da bateria.

O norte-americano Patrick Gudauskas dominou o duelo. Ele abusou das batidas, rasgadas e completou até aéreo para avançar direto ao terceiro round, com 13.40 pontos somados, contra apenas 8.93 do compatriota Brett Simpson e 9.43 do brasileiro, que mesmo sem condições de competir de igual para igual ainda conseguiu ficar na segunda colocação.

"Logo na minha primeira onda já machuquei o ombro. O lip me atingiu e já senti na hora que havia me machucado. Espero ficar bem logo para a próxima bateria", lamenta Jadson André, que foi atendido pelo médico do evento e já passava por aplicações de gelo no local.

Alejo tem boa estreia Logo na primeira bateria do dia, dois brasileiros já entraram em ação e o catarinense Alejo Muniz começou com o pé direito, para garantir passagem direta ao terceiro round do evento.

Já o carioca Raoni Monteiro, não entrou em sintonia com as ondas do pico e acabou caindo na terceira posição, com apenas 7.37 pontos somados, porém terá uma nova chance na repescagem, junto com o aussie Adam Mellling, que somou 11.26.

Esta é a primeira vez que o catarinense compete em Bells Beach e as coisas começaram de forma emocionante. Logo no início ele quebrou sua prancha e foi obrigado a trocar de equipamento. Na volta ao outside, já garantiu sua melhor nota (6.83), com uma sequência de fortes e expressivas manobras de frontside. Depois, selou sua vitória com mais uma nota 6.40, para não dar chances aos adversários.

"Mesmo quebrando minha prancha boa, minha estreia não poderia ter sido melhor. Eu estava meio indeciso se caía de 5'11" ou 6'0". Acabei optando pela menor e no fim das contas tive que trocar de qualquer jeito, mas foi com ela que fiz minha melhor nota, logo que cheguei ao outside de volta", explica Alejo Muniz.

"Cheguei na praia ainda de noite. Quando vi aquelas espumas já percebi que tinham altas. Me troquei e entrei na água ainda no escuro, estava muito frio. Estar aqui neste campeonato tão tradicional e ainda com estas ondas, não poderia estar melhor", diz o catarinense.

Heitor Alves bota pressão O cearense Heitor Alves também começou forte e colocou pressão nos adversários. Ele mandou para a repescagem o norte-americano Bobby Martinez e o australiano Owen Wright.

Esta é a primeira vez que o brasileiro vence uma bateria em Bells Beach. Um dos fatores que fez a diferença foi o bom posicionamento, seguido de ataques precisos de backside ao lip e boa leitura de onda, que lhe garantiram notas 7.33 e 7.03.

Bobby chegou a assumir a liderança temporariamente, mas nada pôde fazer para deter o inspirado cearense e foi para a repescagem com 14.14 pontos somados, apenas 0.22 a menos do que Heitor. Owen Wright somou 10.60 e também terá uma nova chance.

"A onda quebra praticamente no mesmo lugar sempre, então é importante observar antes da bateria onde ela está melhor para manobrar, porque em algumas seções ela fica um pouco gorda. É importante saber lidar com ela", explica Heitor Alves.

"Graças a Deus desta vez eu passei direito e estou bastante confiante. Quero chegar na final deste campeonato", finaliza o cearense, que agora irá descansar e só entra em ação novamente no terceiro round.

Na bateria seguinte, foi a vez do quarto brasileiro entrar em ação. O jovem Gabriel Medina, que compete como convidado, não teve a mesma sorte de seus compatriotas e caiu para a repescagem, com a última colocação na bateria, vencida por um inspirado Mick Fanning.

O australiano bicampeão do mundo, não deu a mínima chance aos adversários e literalmente moeu as ondas de Bells, com muita velocidade e pressão, para somar 15.60.

O português caiu para a repescagem com 11.07 pontos somados, e terá uma nova chance junto com o paulista, que não encaixou seu potencial de surf de backside com as ondas do pico e terminou o confronto com 9.27 pontos somados.

Melhor do dia A melhor atuação do dia ficou com o australiano Joel Parkinson, que estabeleceu o primeiro recorde do evento, ao somar 17.74 pontos e mandar para a repescagem o norte-americano CJ Hobgood e o também aussie Bede Durbidge.

"Comecei mal no Bowl, a seção estava muito difícil. Então, vi o CJ se dar bem em Rincon e resolvi ir para lá também e me dei bem. É muito bom vencer a bateria de abertura, especialmente em Bells. Conseguir um dia de folga e ir direto para o terceiro round é uma vantagem enorme", comemora Joel Parkinson.

Defensor do título O norte-americano Kelly slater também deu trabalho. Com 16.00 pontos somados, não deu chances aos australianos Kai Otton e ao local trialista Adam Robertson.

Primeira fase do Rip Curl Pro Bells 2011

1 Alejo Muniz (Bra) 13.23, Adrian Buchan (Aus) 11.26 e Raoni Monteiro (Bra) 7.37
2 Adam Melling (Aus) 14.50, Josh Kerr (Aus) 12.30 e Taj Burrow (Aus) 11.00
3 Heitor Alves (Bra) 14.36, Bobby Martinez (EUA) 14.14 e Owen Wright (Aus) 10.60
4 Mick Fanning (Aus) 15.60, Tiago Pires (Por) 11.07 e Gabriel Medina (Bra) 9.27
5 Kennedy Stu (Aus) 11.70, Dusty Payne (Haw) 10.50 e Jordy Smith (Afr) 9.00
6 Kelly Slater (EUA) 16.00, Kai Otton (Aus) 10.13 e Adam Robertson (Aus) 8.53
7 Jeremy Flores (Fra) 13.17, Cory Lopez (EUA) 5.83 e Taylor Knox (EUA) 4.67
8 Michel Bourez (Tah) 12.60, Kieren Perrow (Aus) 10.20 e Gabe Kling (EUA) 5.50
9 Matt Wilkinson (Aus) 14.60, Damien Hobgood (EUA) 11.23 e Daniel Ross (Aus) 11.07
10 Joel Parkinson (Aus) 17.74, CJ Hobgood (EUA) 11.44 e Bede Durbidge (Aus) 8.17
11 Adriano de Souza (Bra) 14.60, Chris Davidson (Aus) 10.83 e Julian Wilson (Aus) 9.83
12 Patrick Gudauskas (EUA) 13.40, Brett Simpson (EUA) 8.93 e Jadson André (Bra) 9.43

Começa o briga pelo 1º título brasileiro do ano

Marco Fernandez briga pelo titulo do Oakley Pro Junior 2011. Foto: Basilio Ruy


Por Redação Surfbahia.com.br

A batalha pelas 32 vagas para o evento principal do Oakley Pro Junior 2011 foi a atração da terça feira na Ilha de Santa Catarina. Os classificados na triagem serão os adversários dos dezesseis cabeças de chave na fase que abre a decisão do título brasileiro Sub-20 da temporada nesta quarta feira em Florianópolis.

O atual campeão, Caio Ibelli, estreia na sétima bateria e vai tentar um inédito bicampeonato na história da categoria Pro Junior na Associação Brasileira de Surf Profissional (ABRASP), que foi inaugurada em 2008 com o título de outro paulista, Thiago Camarão, em Ubatuba (SP).

As outras duas edições aconteceram em Santa Catarina, com o catarinense Alejo Muniz ganhando a primeira delas, em 2009 nas esquerdas do Atalaia, em Itajaí. Em 2010, a Praia da Joaquina foi a sede do Oakley Pro Junior, mas o último dia rolou na Praia do Campeche, que passou a ser o palco principal do evento neste ano.

Os destaques do primeiro dia nas ondas de 2 pés com boa formação no Riozinho do Campeche foram os paulistas Giovane Ferreira e Felipe Toledo. O filho do bicampeão brasileiro profissional, Ricardo Toledo, somou notas 7,17 e 6,53 na sétima bateria da triagem. "O mar está bem difícil, ondas pequenas, mas consegui encaixar meu surfe na valinha de direitas e deu certo o treino que fiz hoje bem cedinho aqui. Fui um dos primeiros a entrar na água e foi bom pra sentir o mar".

Felipe Toledo também comentou sobre a oportunidade de poder competir numa das melhores ondas do Brasil, com a realização do Oakley Pro Junior 2011 na Praia do Campeche. "Com certeza é um privilégio. É a primeira vez que venho prá cá e gostei muito da onda, mesmo pequenas. Fico imaginando como será isso aqui com 1 metro de onda. Deve ser perfeito".

O placar de 13,70 pontos de Felipe Toledo só foi superado por Geovane Ferreira, que alcançou 14 pontos na décima bateria, somando um 8,67 da maior nota do primeiro dia no Riozinho do Campeche. "Estou muito feliz por ter conseguido achar boas ondas na bateria e quero tentar um bom resultado aqui porque este é meu último ano de Pro Junior", disse Geovane Ferreira, após a vitoria sobre o também paulista Pedro Coffers e o catarinense Jonathan Busetti.

A previsão é de ondas maiores para a estreia das principais estrelas do Oakley Pro Junior na quarta feira. O defensor do título, Caio Ibelli, está escalado na sétima bateria e na seguinte entra o vice-campeão brasileiro Sub-20 do ano passado no Campeche, Marco Fernandez. No último domingo, o baiano venceu a segunda etapa do Oakley Santa Catarina Surf Pro, válida pelo Estadual Catarinense Profissional e pela Divisão de Acesso do Circuito Brasileiro, na Praia Mole de Florianópolis.

A Azul Linhas Aéreas apresenta o Oakley Pro Junior 2011, que conta com patrocínio exclusivo da Oakley e apoio do Governo do Estado de Santa Catarina, através do FUNDESPORTE - Fundo de Incentivo ao Esporte da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, da Prefeitura Municipal de Florianópolis, Fundação Municipal de Esportes e da Power Balance. A Revista Fluir, o site Waves e o Canal Woohoo são os parceiros de mídia do evento homologado pela Confederação Brasileira de Surf (CBS) e pela Associação Brasileira de Surf Profissional (ABRASP), que organiza a competição junto com a Federação Catarinense de Surf (FECASURF) e a Associação de Surf do Campeche. Transmissão ao vivo pelo www.abrasp.com.br

Evento principal do Oakley Pro Junior - entrada dos 16 cabeças de chave:
1.a: Diego Michereff (SC), Nathan Brandi (SP), Matheus Farias (RJ)
2.a: Vicente Romero (SC), Thiago Guimarães (SP), Wesley Morais (SP)
3.a: Matheus Toledo (SP), Gustavo Machado (SC), Gabriel Adisaka (SP)
4.a: Yan Guimarães (RJ), Marco Aurélio (SP), Daniel Gonçalves (RJ)
5.a: Italo Ferreira (RN), Thomas Demetrio (SC), Arthur Aguiar (SP)
6.a: Cauê Wood (SC), Persio Nobrega (SC), Jonatan Lima (SC)
7.a: Pedro Husadel (SC), Diego Mendes (SC), Pedro Aguiar (SP)
8.a: Caio Ibelli (SP), Rafael Teixeira (ES), Wesley Santos (SP)
9.a: Marco Fernandez (BA), Victor Drews (SC), Renan Argemiro (SC)
10: Krystian Kymmerson (ES), Vitor Valentim (PR), Ramone Lima (SC)
11: Yuri Gonçalves (SC), João Paulo Abreu (SC), Gabriel Farias (SC)
12: Bryan Franco (SP), Geovane Ferreira (SP), Artur Bittencourt (SP)
13: Peterson Crisanto (PR), Luan Carvalho (SC), Alexandre Thiesen (SC)
14: Luel Felipe (PE), Sidney Guimarães (SP), Edgar Groggia (SP)
15: Filipe Braz (RJ), Samuel Igo (PB), Felipe Toledo (SP)
16: Matheus Navarro (SC), Mariano Arreyes (RJ), Jonathan Busseti (SC)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Kelly diz esta faminto pelo 11º título

Kelly Slater se diz faminto por mais um título mundial. Foto: © ASP / Kirstin.


Por Redação Waves.com.br

Atual campeão mundial e defensor do título do Rip Curl Pro, o norte-americano Kelly Slater afirmou durante entrevista coletiva em Bells Beach, Austrália, que está definitivamente na briga pelo 11º título mundial.

"Se eu não estivesse faminto pelo 11º título mundial, eu nem estaria aqui", declara o dez vezes campeão mundial.

"Quando era criança, nos EUA, assistia um monte de filmes sobre este evento e imaginava que surfar aqui era como estar em uma arena. Pensava que seria como dois gladiadores batalhando sob o olhar dos fãs no cliff", revela Slater.

Aos 39 anos, ele irá estrear contra o australiano Kai Otton e o local vencedor das triagens, Adam Robertson.

Vencedor de quatro títulos do Rip Curl Pro Bells Beach (1994, 2006, 2008 e 2010), ele analisou também que uma boa colocação no evento, historicamente o colocou em posições confortáveis para competir o restante da temporada. Em cada ano que Slater venceu o Rip Curl Pro Bells Beach, conquistou o título mundial da ASP.

"Um bom resultado em Bells normalmente me faz sentir à frente dos demais, pois não é um dos meus melhores eventos em termos de resutados. Quando consigo uma boa colocação aqui, de certa forma sinto que estou um passo à frente dos outros caras. Os últimos cinco anos me proporcionaram uma boa dose de confiança, pois conquistei três vitórias em cinco eventos. Antes disso era muito difícil me dar bem por aqui", analisa o dez vezes campeão do ASP World Tour.

Primeira fase do Rip Curl Pro Bells 2011

1 Adrian Buchan (Aus), Alejo Muniz (Bra) e Raoni Monteiro (Bra)
2 Taj Burrow (Aus), Adam Melling (Aus) e Josh Kerr (Aus)
3 Owen Wright (Aus), Heitor Alves (Bra) e Bobby Martinez (EUA)
4 Mick Fanning (Aus), Tiago Pires (Por) e Gabriel Medina (Bra)
5 Jordy Smith (Afr), Dusty Payne (Haw) e Kennedy Stu (Aus)
6 Kelly Slater (EUA), Adam Robertson (Aus) e Kai Otton (Aus)
7 Jeremy Flores (Fra), Taylor Knox (EUA) e Cory Lopez (EUA)
8 Michel Bourez (Tah), Kieren Perrow (Aus) e Gabe Kling (EUA)
9 Damien Hobgood (EUA), Matt Wilkinson (Aus) e Daniel Ross (Aus)
10 Bede Durbidge (Aus), CJ Hobgood (EUA) e Joel Parkinson (Aus)
11 Adriano de Souza (Bra), Chris Davidson (Aus) e Julian Wilson (Aus)
12 Brett Simpson (EUA), Jadson André (Bra) e Patrick Gudauskas (EUA)


1º dia sofre adiamento

Ondas fracas de meio metro forçam adiamento da prova. Foto: Fernando Iesca.


Por Redação Waves.com.br

Válido como segunda etapa do ASP World Tour, o Rip Curl Pro abriu sua janela de espera na manhã desta terça-feira em Bells Beach, Austrália, porém o evento já foi adiado logo no primeiro dia devido às fracas condições para o surf.

"Deixamos o evento em espera até às 10 da manhã para ver se as ondas encaixariam na bancada, mas isto não aconteceu e optamos por não começar ainda. As previsões são bem promissoras para os próximos dias, portanto voltaremos amanhã de manhã para ver o que Bells tem a nos oferecer", explica Rich Porta, head judge da ASP International.

Uma nova chama acontece na manhã desta quarta-feira. Quando a prova começar, dois brasileiros entram na água logo na primeira bateria do dia, o catarinense Alejo Muniz e o carioca Raoni Monteiro, que enfrentan o aussie Adrian Buchan.

Primeira fase do Rip Curl Pro Bells 2011

1 Adrian Buchan (Aus), Alejo Muniz (Bra) e Raoni Monteiro (Bra)
2 Taj Burrow (Aus), Adam Melling (Aus) e Josh Kerr (Aus)
3 Owen Wright (Aus), Heitor Alves (Bra) e Bobby Martinez (EUA)
4 Mick Fanning (Aus), Tiago Pires (Por) e Gabriel Medina (Bra)
5 Jordy Smith (Afr), Dusty Payne (Haw) e Kennedy Stu (Aus)
6 Kelly Slater (EUA), Adam Robertson (Aus) e Kai Otton (Aus)
7 Jeremy Flores (Fra), Taylor Knox (EUA) e Cory Lopez (EUA)
8 Michel Bourez (Tah), Kieren Perrow (Aus) e Gabe Kling (EUA)
9 Damien Hobgood (EUA), Matt Wilkinson (Aus) e Daniel Ross (Aus)
10 Bede Durbidge (Aus), CJ Hobgood (EUA) e Joel Parkinson (Aus)
11 Adriano de Souza (Bra), Chris Davidson (Aus) e Julian Wilson (Aus)
12 Brett Simpson (EUA), Jadson André (Bra) e Patrick Gudauskas (EUA)

Jaque sofre acidente na Austrália



Por Redação waves.com.br

A catarinense Jacqueline Silva envolveu-se em um acidente de carro na manhã desta terça-feira na região de Bells Beach, Austrália, onde rola o Rip Curl Women's Pro.

De acordo com o tour manager da ASP, Renato Hickel, a atleta não sofreu nenhum ferimento grave, porém está no hospital para observação e corre o risco de ficar fora da competição.

Segundo fonte locais, o veículo de Jacque trafegava pela mão correta, mas foi atingido de frente por um carro que entrou na contra-mão, em uma conversão probida. O acidente ocorreu a alguns metros de um posto policial local, portanto o socorro foi praticamente imediato.

Se voltar para a competição, ela enfrenta as havaianas Carissa Moore e Bethany Hamilton, no terceiro round da competição feminina.


Começa a batalha

Vinícius Wichrestiuk marca presença na primeira fase do Oakley Pro Junior no Campeche. Foto: Diego Freire


Por Redação Surfbahia.com.br

A primeira decisão de título brasileiro na temporada 2011 começa nesta terça-feira na praia do Campeche, Florianópolis (SC).

O Oakley Pro Junior 2011 recebe os melhores atletas do país na categoria Sub-20 para a competição que acontece até domingo na Ilha de Santa Catarina.

O paulista Caio Ibelli estava na Austrália desde o mês de janeiro e volta ao Brasil especialmente para tentar um inédito bicampeonato brasileiro Júnior da Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp).

No ano passado, a sede principal do evento era a praia da Joaquina, mas o último dia rolou no Campeche, já que as ondas estavam bem melhores para realizar as fases decisivas.

A grande final foi contra o baiano Marco Fernandez, que chega embalado pela vitória conquistada neste domingo na segunda etapa do Oakley Santa Catarina Surf Pro, válido pelo Circuito Catarinense Profissional e disputado na praia Mole, também em Florianópolis.

“É muita felicidade e estou até sem saber o que falar”, diz Marco Fernandez, depois da vitória inédita na carreira. “Eu vim lá da Bahia em busca desse título que é muito importante para eu conseguir a vaga para o Circuito Brasileiro Profissional e agora vou com tudo para a praia do Campeche”, completa o surfista.

Marco Fernandez e o defensor do título, Caio Ibelli, fazem parte da lista dos 16 cabeças-de-chave que entram direto na chave principal do Oakley Pro Junior.

Os primeiros adversários saem de uma triagem que define os 32 surfistas que completam a rodada de baterias com três competidores cada. Como no antigo formato do ASP World Tour, os vencedores dessa primeira fase do evento principal passam direto para a terceira, mas os perdedores têm uma nova chance de classificação na repescagem, quando os duelos mudam para o sistema homem-a-homem, que prossegue até a final.

Esta será a sétima edição do Oakley Pro Junior, porém apenas a terceira valendo pelo título brasileiro Sub-20. No início era uma competição especial só para convidados, mas em 2009 o evento foi homologado pela Associação Brasileira de Surf Profissional para decidir o melhor surfista profissional da categoria Júnior. O primeiro campeão foi o catarinense Alejo Muniz, que festejou a vitória nas ondas do Atalaia, em Itajaí (SC), e hoje é um dos cinco brasileiros na elite do ASP Tour.

Agora, uma das esperanças de um segundo título catarinense é Pedro Husadel, que mora na praia do Campeche e é filho de um dos grandes nomes do início da história do Circuito Brasileiro Profissional da Abrasp, David Husadel.

Pedro foi um dos destaques do Oakley Santa Catarina Surf Pro que terminou domingo na praia Mole, onde foi até as semifinais. Ele também fez bonito no Oakley Pro Junior do ano passado, perdendo apenas para o campeão Caio Ibelli nas quartas-de-final.

A primeira chamada aconetece nesta terça-feira a partir das 8 horas (horário de Brasília). Para assistir as baterias ao vivo, acesse o site Oakley Pro Junior 2011.

O Oakley Pro Junior 2011 é apresentado pela Azul Linhas Aéreas. Patrocínio: Oakley. Apoio: Governo do Estado de Santa Catarina, por meio do Fundesporte - Fundo de Incentivo ao Esporte da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, da Prefeitura Municipal de Florianópolis, Fundação Municipal de Esportes e da Power Balance. Divulgação: Fluir, Waves e Woohoo. O evento é homologado pela Confederação Brasileira de Surf (CBS) e pela Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp). Organização: Federação Catarinense de Surf (Fecasurf) e a Associação de Surf do Campeche.

Baterias da triagem do Oakley Pro Junior 2011 (sujeita a alterações)

1 Gustavo Machado (SC), Adriano Maciel (SC) e Jonatan Lima (SC)
2 João Paulo Abreu (SC), Rafael Teixeira (ES) e Tales Luis (PE)
3 Icaro Lopes (CE), Matheus Faria (RJ) e Renan Argemiro (SC)
4 Samuel Igo (PB), Alexandre Bessi (SC) e João Moura (PR)
5 Thiago Barcellos (RJ), Vitor Valentim (PR) e Wesley Santos (SP)
6 Thomas Demetrio (CE), Gabriel Adisaka (SP) e Matheus Salazar (SP)
7 Cainã Barletta (SC), Filipe Toledo (SP) e Pedro Aguiar (SP)
8 Nathan Brandi (SP), Bruno Lopes (SC) e Gabriel Farias (PE)
9 Mariano Arreyes (RJ), Arthur Bitencourt (SC) e Gustavo Ramos (SC)
10 Geovani Ferreira (SP), Jonathan Busseti (SC) e Pedro Coffers (SP)
11 Luan Carvalho (SP), Edgar Groggia (SP) e Luis Diniz (SP)
12 Evandro Lima (SP), Irwin Ravi (SC) e Wesley Morais (SP)
13 Thiago Guimarães (SP), Arthur Aguiar (SP) e Italo de Souza (SP)
14 Persio Nóbrega (SC), Jonathan Lanzelloti (RJ) e Ramoni Lima (SP)
15 Diego Mendes (CE), Victor Drews (SC) e Vinicius Wichrestiuk (BA)
16 Sidney Guimarães (SP), Daniel Gonçalves (RJ) e José Muniz (SC)

Cabeças-de-chave

1 Diego Michereff (SC)
2 Vicente Romero (SC)
3 Matheus Toledo (SP)
4 Yan Guimarães (RJ)
5 Italo Ferreira (RN)
6 Cauê Wood (SC)
7 Pedro Husadel (SC)
8 Caio Ibelli (SP)
9 Marco Fernandez (BA)
10 Krystian Kymmerson (ES)
11 Yuri Gonçalves (SC)
12 Bryan Franco (SP)
13 Peterson Crisanto (PR)
14 Luel Felipe (PE)
15 Filipe Braz (RJ)
16 Matheus Navarro (SC)

domingo, 17 de abril de 2011

Marco Fernandez no topo pela 1ª vez



Por Redação Surfbahia.com.br

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O camaçariense Marco Fernandez foi o grande campeão da segunda etapa do Oakley Santa Catarina Pro, encerrada neste domingo (17/4), na praia Mole, Florianópolis (SC).

Com uma campanha de altíssimo nível, o atleta de Arembepe não deu mole aos adversários e venceu a decisão ao arrancar notas 7.23 e 5.27 pontos dos juízes.

“É muita felicidade, estou até sem voz! Vim lá da Bahia em busca desse título que é muito importante para eu conseguir a vaga para o Circuito Brasileiro de Surf Profissional, e é isso ai, agora vamos com tudo para a praia do Campeche, onde vou participar do Oakley Pro Junior, que começa na terça-feira (19)”, declarou o baiano, muito feliz pela conquista na praia Mole.

Em segundo ficou o catarinense Raphael Becker, seguido pelo paulista Gilmar Silva e o noronhense Patrick Tamberg, quarto colocado.

Com o resultado, Marquinho sobe pela primeira vez no topo do pódio em sua carreira como surfista profissional.

A vitória lhe rende R$ 8 mil em prêmios e importantes pontos no ranking da divisão de acesso do circuito brasileiro.

Quem também fez bonito no sul do país foi o baiano Franklin Serpa, quinto colocado no evento.

O surfista de Olivença fez uma bela campanha no evento e só foi barrado pelo conterrâneo Marco Fernandez na semifinal da prova por uma diferença de 8.90 contra 8.64 pontos de Serpa.

Resultado do Oakley Santa Catarina Surf Pro

1 Marco Fernandez (BA)
2 Raphael Becker (SC)
3 Gilmar Silva (SP)
4 Patrick Tamberg (FN)
5 Franklin Serpa (BA) 25 Aurélio Santana (BA) 73 Alandreson Martins (BA) 121 Saul Moura (BA)

Wilson quebra em Grumari

Wilson Nora acerta o pé no Grumari. Foto: Felipe Oliveira


Por Redação SurfBahia.com.br

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Sábado de sol, água quente e ondas divertidas na praia de Grumari.

Pela manhã, encontrei os atletas Wilson Nora e Eric Rebiere no Recreio dos Bandeirantes e fomos até a praia de Grumari checar as condições.

Ondas em torno de meio metro, com formação regular, quebravam no meio da praia.

Ao chegarmos, encontramos o atleta Gabriel Pastori e rolou uma divertida caida.

Votação perto do fim

Danilo Couto é forte candidato aos prêmios de melhor surfista e melhor big rider. Foto: Erik Aeder


Por Redação Surfbahia.com.br

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Termina nesta segunda-feira (18/4) o prazo para votação no Prêmio Fluir@Waves.
Os baianos Danilo Couto e Dennis Tihara são fortes candidatos e contam com o apoio dos internautas do SurfBahia para que suas impecáveis performances sejam merecidamente premiadas.

Com desempenhos espetaculares em Teahupoo, Mavericks, Todos os Santos, Jaws e Waimea, Couto é forte candidato ao prêmio de melhor big rider e melhor surfista do ano.

Já Dennis Tihara luta pelos prêmios de melhor foto e melhor tubo. Com uma bomba surfada na Cacimba do Padre, Fernando de Noronha, o clique feito pelo fotógrafo Clemente Coutinho foi destaque na edição de fevereiro de 2010 e concorre na categoria melhor foto.

O tubo nota 10 surfado na etapa do WQS em Puerto Escondido, México, filmado pelo videomaker Gustavo Camarão, concorre na categoria melhor tubo.

A votação começou no dia 22 de março e os melhores de 2010 serão conhecidos numa festa em maio, durante a etapa brasileira do ASP World Tour, no Rio de Janeiro.

Oakley Pro Junior chega ao Campeche

Atual campeão, Caio Ibelli garante presença no Oakley Pro Junior 2011. Foto: Basílio Ruy / Oakley.



Por Redação Waves.com.br

O primeiro campeão brasileiro da temporada será conhecido no feriadão da Semana Santa na Ilha da Magia. A praia do Campeche, Florianópolis (SC), foi a escolhida para receber o Oakley Pro Junior neste ano.

A decisão do título de melhor surfista profissional com até 20 anos do Brasil começa nesta terça-feira com as disputas até o domingo (24) de Páscoa.

Foi no Campeche que o paulista Caio Ibelli sagrou-se campeão brasileiro Pro Junior de 2010, mas o palco principal da competição era a praia da Joaquina. Caio estava na Austrália desde o início deste ano e só volta agora ao país para tentar um inédito bicampeonato brasileiro no evento promovido pelo seu patrocinador.

Esta será a sétima edição do Oakley Pro Junior, porém apenas a terceira valendo o título brasileiro da categoria sub-20. No início era um evento especial para convidados que classificava surfistas para um campeonato internacional da marca na Indonésia.

Em 2009, foi inaugurada uma parceria com a Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp) e o Oakley Pro Junior passou a definir o campeão brasileiro Pro Junior da temporada. O primeiro título foi disputado nas ondas do Atalaia, Itajaí (SC). Depois de muitos anos, era a primeira vez que o famoso “point break” de esquerdas recebia uma competição de nível nacional.

A grande final foi entre dois grandes valores da nova geração brasileira que hoje defendem o país na elite do surf mundial, o ASP World Championship Tour. O catarinense Alejo Muniz superou o potiguar Jadson André para conquistar o primeiro caneco de campeão brasileiro Pro Junior da história da Abrasp.

No ano passado, o Oakley Pro Junior foi transferido para a praia da Joaquina, Florianópolis. No entanto, o evento sempre teve a mobilidade para procurar as melhores ondas como principal característica e o último dia foi realizado na praia do Campeche, onde as condições estavam bem melhores do que na Joaquina.

Foi um dia mágico de longas direitas para delírio dos jovens surfistas, que tiveram a rara oportunidade de competir em uma das melhores ondas do país. Caio Ibelli comandou o show no Riozinho do Campeche para faturar o título na final contra o baiano Marco Fernandez.

Os dois passaram por outras duas feras da nova geração nas semifinais, o pernambucano Ian Gouveia - que mora em Florianópolis - e o capixaba Krystian Kymmerson. Dos quatro, só Ian Gouveia não participará do Oakley Pro Junior neste ano.

Formato ASP O prazo das inscrições terminou na sexta-feira, mas ainda há vagas porque o limite de 80 participantes não foi atingido. Os 16 atletas melhores ranqueados no ano passado, que ainda tenham idade até 20 anos, entram de cabeças-de-chave no evento principal, quando o formato da competição passa a ser igual ao do antigo ASP World Tour com 48 competidores.

Os demais são divididos em duas fases da triagem, que define os 32 adversários dos top-16 nas baterias de três surfistas da rodada inicial. Os 16 vitoriosos avançam direto para a terceira fase, mas os derrotados têm nova chance de classificação na repescagem, quando os duelos passam a ser eliminatórios e no sistema homem-a-homem, que prossegue até a grande final.

Todos os 48 surfistas divididos nas 16 baterias do evento principal recebem premiação. No total, o Oakley Pro Junior 2011 vai distribuir R$ 40 mil durante a semana dos dias 19 a 24 de abril, inclusive aos que perderem na fase classificatória e na repescagem.

Estes recebem o prêmio mínimo pelas participações no campeonato. A presença confirmada de grandes talentos da nova geração do surf brasileiro é garantia de um verdadeiro show para o público, que certamente vai comparecer em grande número para acompanhar a primeira decisão do ano na praia do Campeche.


Leo Neves faz boa campanha

Leonardo Neves termina etapa escocesa O'Neill Coldwater Classic na quinta colocação. Foto: Bonnarme / Aquashot.


Por Redação Waves.com.br

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O australiano Brent Dorrington, 24, sagrou-se campeão do O'Neill Coldwater Classic 2011, etapa do WQS de nível 6 estrelas encerrada neste domingo em Thurso, Escócia.

É a primeira vitória do aussie, local da Gold Coast, no circuito mundial. Com o resultado ele soma 3.000 pontos no ranking unificado da ASP e leva para casa o cheque de US$ 20 mil.

Em final disputada em ondas de até 1 metro e séries demoradas, Dorrington não deu chances ao neozelandês Jay Quinn na decisão do evento.

O surfista somou 9.00 pontos contra 7.66 de Quinn para vencer o segundo o O'Neill Coldwater Classic desta temporada.

O brasileiro Leo Neves representou o Brasil no dia decisivo. Leo teve uma boa performance durante todo o evento e acabou barrado nas quartas-de-final pelo inspirado neozelandês Richard Christie.

Radicado na Espanha, o carioca abriu bem a bateria com notas 8.00 e 6.33, mas viu o adversário somar 8.03 e 8.93 para virar o placar. Com o resultado, Neves conquista 1.560 pontos no ranking da ASP e fatura US$ 2.950.

A próxima etapa do O'Neill Coldwater Classic 2011 acontece entre os dias 15 e 21 de outubro em Tofino, Canadá.

Resultado do O'Neill Coldwater Classic 2011

1 Brent Dorrington (Aus)

2 Jay Quinn (Nzl)

3 Richard Christie (Nzl)

3 Alain Riou (Tah)

5 Joan Duru (Fra)

5 Hodei Collazo (Esp)

5 Leonardo Neves (Bra)
5 Vincent Duvignac (Fra)

17 Yuri Sodré (Bra)

25 Krystian Kymerson (Bra)

49 Jano Belo (Bra)

49 Renato Galvão (Bra)

49 Willian Cardoso (Bra)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Léo e Yuri se seguram na prova

O'Neill Coldwater Classic 2011 rola em ótimas condições na Escócia. Foto: Sergio Villalba.


Por Redação Waves.com.br

Os cariocas Leonardo Neves e Yuri Sodré avançaram mais uma fase na O'Neill Coldwater Classic, etapa de nível 6 estrelas do WQS que rola nas geladas ondas de Thurso, Escócia.

Nesta sexta-feira, Leo somou 5.10 e 5.27 para avançar atrás do neozelandês Richard Christie, deixando para trás o sul-africano Brandon Jackson e o japonês Teppei Tajima.

Com 4.00 e 3.67, Sodré garantiu o segundo lugar no duelo com o inglês Micah Lester. Pior para o português Filipe Jervis e o francês Romain Laulhe.

O jovem capixaba Krystian Kymerson e o franco-brasileiro Patrick Beven foram eliminados da prova.

Mesmo com uma boa atuação, somando 8.10 e 3.17, Krystian caiu diante do francês Joan Duru e o japonês Yujiro Tsuji na batalha que contou ainda com o porto-riquenho Brian Toth.

O capixaba precisava de apenas 4.50 para avançar, mas não conseguiu a onda da virada.

Terceira fase

5 Adrien Toyon (Reu), Richard Christie (Nzl) e Yuri Sodré (Bra)
6 Romain Cloitre (Fra), Leonardo Neves (Bra) e Micah Lester (Ing)

Fernandez avança duas fases

Marco Fernandez está na terceira fase do Oakley Santa Catarina Pro. Foto arquivo: Fabriciano Jr.


Por Redação SurfBahia.com.br

Teve início nesta sexta-feira, na praia Mole, Florianópolis (SC), o Oakley Santa Catarina Pro, segunda etapa do circuito catarinense profissional.

O baiano Marco Fernandez fez bonito nas duas vezes que entrou na água e segue na briga pelo título.

Aurélio Santana também jogou duro na estreia e aguarda seu confronto na segunda fase.

Franklin Serpa e Alandreson Martins ainda não estrearam na competição.

Serpa é um dos cabeças-de-chave da prova e entra em ação na oitava bateria da segunda fase contra o cearense Argus Diniz e os catarinenses Fabio Carvalho e Bruno Silva.

Já Alandreson mede forças com o catarinense Marthen Pagliarini e os cearenses Adilton Mariano e Fábio Silva.

Fernandez foi o primeiro a entrar na água. O baiano de Arembepe somou 6.33 e 5.67 para derrotar o gaúcho Gustavo Berttoto e os catarinenses Cainã Barletta (2o) e Ricardo Wendhausen.

Duas baterias depois, Aurélio Santana descolou 5.10 e 4.37 na vitória sobre o cearense Fábio Silva (2o), o catarinenses David Martins e o paulista Cristiano Lima.

A baixa do dia foi Saul Moura, quarto colocado na batalha com o catarinense Diego Michereff (2o) e os cearenses Gutembergue Silva (1o) e Icaro Lopes.

Na segunda fase, Marco Fernandez voltou ao outside e garantiu o segundo lugar no duelo vencido pelo catarinense Diego Rosa, autor de 6.33 e 4.50.

Com 4.47 e 3.87, Marquinho levou a melhor sobre o catarinense Netto Moura e o paulista Evandro Lima.

Ainda pela segunda fase, Aurélio Santana enfrenta o pernambucano César Aguiar e os catarinenses Petterson Thomaz e Rodrigo Farias.

Fernandez aguarda o término da segunda fase para conhecer seu último adversário. Já estão escalados em sua bateria na abertura da terceira fase o paulista Magno Pacheco e o catarinense Tiago Bianchini.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Leo Neves se destaca nas águas geladas da Escócia

Leonardo Neves registra 16.00 pontos na abertura do O'Neill Coldwater Classic em Brims Ness, Escócia. Foto: Aquashot / Aspeurope.com.


Por Redação Waves.com.br

O carioca Leonardo Neves arrepiou na abertura do O'Neill Coldwater Classic em Thurso, Escócia.

Em ondas geladas, Leo registrou um dos maiores somatórios do dia (16.00) depois de somar 7.17 e 8.83 na vitória sobre o francês Adrien Toyon, de Ilhas Reunião, o norte-americano Dane Anderson e o inglês Oli Adams.

Também com uma atuação expressiva, o jovem capixaba Krystian Kymerson não tomou conhecimento dos adversários e totalizou 13.70 pontos para bater o francês Marc Lacomare (2o), o sul-africano Beyrick De Vries e o havaiano Morgan Faulkner.

Numa cena inusitada, o franco-brasileiro Patrick Beven venceu sua bateria com apenas uma onda. O niteroiense residente na França abriu a disputa com a segunda maior nota da prova (9.33) para passar pelo norte-americano Nathaniel Curran (3o) e os ingleses Jayce Robinson (2o) e Alan Stokes.

A pontuação de Beven foi superada apenas pelo inglês Micah Lester, autor da primeira nota da competição na Escócia.

Outro brasileiro classificado à segunda fase é Yuri Sodré, vice-campeão da etapa em 2010. Com 2.33 e 5.33, Yuri superou o norte-americano Jared Thorne (2o), o português Ruben Gonzalez e o aussie Nick Riley.

As baixas do dia foram Jano Belo, Willian Cardoso e Renato Galvão. Jano fez uma boa apresentação e somou 4.90 e 6.47, mas seus adversários também estavam inspirados e levaram a melhor.

O francês Gordon Fontaine mandou 7.17 e 6.13 para vencer o duelo, seguido pelo porto-riquenho Brian Toth, autor de 6.60 e 5.67.

Willian e Galvão foram eliminados na última onda. O catarinense viu o japonês Teppei Tajima interromper sua sequência de dois pódios no WQS depois de arrancar 6.17 na última onda, avançando atrás do espanhol Indar Perez.

Galvão também estava em segundo e viu o basco Norman Landa sair da quarta posição com 7.10 nos instantes finais.

Segunda fase

2 Yujiro Tsuji (Jap), Brian Toth (Pri), Joan Duru (Fra), Krystian Kymerson (Bra)
6 Billy Stairmand (Nzl), Russell Winter (Ing), Lincoln Taylor (Aus) e Patrick Beven (Fra)
8 Teppei Tajima (Jap), Brandon Jackson (Afr), Leo Neves (Bra) e Richard Christie (Nzl)

9 Romain Laulhe (Fra), Yuri Sodré (Bra), Filipe Jervis (Por) e Micah Lester (Ing)

Mineiro conversa com o SurfBahia

Mineirinho durante vitória no WQS da Praia do Forte. Foto: Pedro Campos


Por Redação surfbahia.com.br

Principal brasileiro na elite do surf mundial, o guarujaense Adriano de Souza tem uma forte ligação com a Bahia. Foi lá que, em 2006, ele deu um salto enorme rumo ao World Tour depois de uma inesquecível vitória contra Neco Padaratz na final do WQS na Costa do Sauípe. Também no litoral baiano, Adriano levou a galera ao delírio ao vencer outra etapa do WQS, dessa vez na Praia do Forte, em 2008. Fã da tapioca baiana e da ótima energia do Estado, o top da elite mundial não economiza elogios ao comentar suas passagens pela Bahia. Em entrevista exclusiva concedida na Austrália, pouco antes da segunda etapa do World Tour em Bell's Beach, Adriano de Souza relembra as vitórias no Sauípe e Praia do Forte, analisa os principais surfistas da Bahia e exalta o big rider Danilo Couto. Você sempre diz que tem uma ótima relação com a Bahia. Conte um pouco sobre isso.

Minha relação com a Bahia não poderia ser melhor. Sempre que fui competir ou fazer barca de free surf, fui bem recebido por todos. A única declaração que eu posso fazer é que nos dois WQS em que competi na Bahia fui campeão, portanto o axé da Bahia está comigo sempre.

Qual a importância daquela vitória no Sauípe em sua carreira?

O Sauípe, na verdade, foi o evento que me colocou pra cima da vaga do WCT na época, ainda mais com a final eletrizante contra o Neco. Adorei conhecer o Sauípe, as ondas são boas, o lugar mais ainda. Tudo isso ficou marcado na minha carrera.

Aquela final contra o Neco marcava o encontro entre duas gerações do surf brasileiro. Mesmo com toda a história de Neco, a torcida foi ao delírio quando você virou. Durante o evento, em algum momento você sentiu que a torcida estava a seu favor?

Bom, antes de entrar na final, estava conversando com Danilo Costa e ele me disse uma coisa antes de eu entrar no mar: “Você vai ganhar, está todo mundo a seu favor. Vai lá ganhar esse campeonato”. Foi ali que eu me toquei que a torcida estava a meu favor. Claro que a torcida ajuda mais o Neco, com tanta história no país e com surf animal. Não vou enganar que ele me deixou nervoso. Mas o axé da Bahia me ajudou nos últimos minutos para que eu levasse o evento.

Mesmo estando bem no World Tour, você fez questão de voltar à Bahia para disputar uma etapa 5 estrelas na Praia do Forte. Por que optou por disputar aquele evento?

Na época, eu estava entre o top 5 do World Tour e não precisava correr o WQS, mas a maior razão de eu competir naquele evento foi a ex-namorada. Competir ali foi uma das melhores decisões que já tive, e vencer o campeonato confirmou ainda mais a minha decisão. Não vou mentir, mas todas as vezes em que vou para a Bahia me sinto uma pessoa melhor. A comida, as pessoas, enfim, são esses fatores que me levaram também a competir naquele evento. Só de lembrar das tapiocas de lá, ja me dá saudades!
E esse título no Forte, o que mais te marcou naquela campanha?

As tapiocas (muitos risos)! O lugar é inacreditável, direitas de um lado e esquerda do outro. O pico é alucinante, sempre que meus amigos falam da Bahia eu cito o Forte como referência.

Dos picos que visitou na Bahia, onde pegou as melhores ondas?

Adoro Itacaré. Não sei porquê, mas a afinidade com as ondas me deixaram a gostar mais de lá do que dos outros lugares, mas a Bahia tem uma imensa costa e sei que tem altas bancadas protegidas pelos locais. Estou aguardando um convite dos locais pra surfar essas ondas inéditas.

É verdade que você adquiriu um terreno em Itacaré?

É verdade. Eu comprei um terreno, sim, porque eu adoro essa região e quando eu me aposentar, quem sabe eu possa descansar no paraíso (risos)!

A Bahia teve três atletas no World Tour - Jojó, Mandinho e Spirro. O que achou deles?

Sei que a Bahia vai ficar triste com essa noticia, mas o Jojó eu não considero baiano porque eu cresci vendo-o surfar no Guarujá. Desde que eu me conheço como gente, vejo a linha de surf do Jojó, portanto eu considero o Jojó guarujaense. Ainda por cima, ele mora na mesma rua onde moro no Guarujá, então não dá pra acreditar e considerá-lo baiano (risos).

Eu gostava muito das atitudes do Spirro no WCT. Entrou super bem e, pra mim, ele foi o cara que mais se destacou entre os melhores na época.

Na atualidade, o melhor surfista baiano está sendo o Danilo Couto, pelo trabalho que está fazendo nas ondas gigantes. Da nova geração, eu curto muito o Franklin Serpa pelo estilo e radicalidade que ele tem.

Há muitos anos, talvez em sua primeira viagem para a Bahia, você passou um tempo em Ilhéus, na casa de Dennis Tihara. Hoje em dia ele tem mandado bem no free surf e inclusive fez um 9.9 em Pipeline com uma Tokoro que você deu a ele. Desde que saiu da Rusty, ele está sem patrocínio. Em sua opinião, o que está faltando para ele conseguir uma marca?

Não lembro quando foi a minha primeira passagem pela Bahia. Eu sei que eu fiz uma trip pra lá pra competir no Grom Search da Rip Curl e acabei ganhando. Era um evento de manobras radicais. A primeira lembrança que eu tenho da Bahia foi essa viagem, e na sequência fui pra casa do Dennis.

Na época eu era Hang Loose e ele era Rusty, praticamente do mesmo dono (Alfio Lagnado), daí tive essa conexão de cara com Dennis e fiquei na casa dele por uns 10 dias. Foi demais a viagem. Conheci os familiares dele, o irmão de Dennis se amarra no surf, então a família era 100%.

Eu estava devendo uma quilha da FCS para o Dennis que ele tinha me emprestado no Tahiti e daí, quando o cruzei no Hawaii, ele me falou que estava meio mal de prancha, portanto dei essa força pra ele e dei uma Tokoro 6'10 feita pra Pipe. Quando o vi pegar o tubo nota 9.9, ali ele já pagou a diferença da quilha por uma Tokoro zerada!!! O foco do Dennis no momento está sendo free surf, e com certeza no ano passado ele estava se jogando nas ondas grandes. Espero que ele consiga um patrocínio pra dar continuidade a esse trabalho bem feito.

Você está sempre por dentro do que acontece no surf brasileiro e de olho nos novos talentos. Qual a análise que faz dos atletas da atual geração baiana?

O Rudá foi o que mais se destacou no ano passado, com a final no Brasil Surf Pro do Cupe (PE). Eu vi as baterias da semifinal e a final, achei que ele teve uma atitude de campeão, foi pra cima com manobras inovadoras. O Bruno Galini também me impressionou com a vitória na Joaquina. Fernandez é bizarro, tem um backside sinistro, muito forte. É super novo e pode dar muitas duras nos mais velhos. O Bino está evoluindo a cada ano que passa e promete, com certeza, quebrar tudo em 2011. Estou torcendo por essa nova safra baiana no WQS. Quem sabe um dia a gente possa ver mais um deles, como vimos Mandinho e Spirro.

Algum baiano já te deu muito trabalho nas baterias?

Todos são feras e por isso eu não dou mole (risos), mas já perdi inúmeras vezes.

Tem acompanhado o XXL? Acha que vai dar Danilo Couto desta vez?

Se ele não ganhar, vamos ter que bater na porta da Billabong (muitos risos)!

Você já venceu uma etapa do Super Trials (hoje Brasil Tour) nas congelantes ondas do Cassino (Rio Grande do Sul) e comentou uma cena inusitada com Jerônimo Bonfim. Fala pra galera o que aconteceu.

O Bonfá, esse cara foi sinistro de cair no Extremo Sul sem roupa de borracha. Foi guerreiro, como todos os baianos mundo afora, mas aquele frio estava insuportável. Eu estava de roupa de borracha 4.3 e estava morrendo de frio (risos)! Enfim, mais uma história que vivenciei nesses 8 anos de carreira como profissional.

Para finalizar, manda um alô pra todos que te admiram na Bahia.

Queria agradecer a todos os baianos que estão ligados no WT. Sei que vocês estão torcendo por mim, apesar de após falar que eu considero o Jojó guarujaense, perdi um pouco do público (risos). Mas quero mesmo desejar muito axé a todos que são apaixonado pelo esporte!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Gabriel convidado para dar trabalho aos Top's

Gabriel Medina disputa etapa do World Tour em Bells Beach pelo segundo ano consecutivo. Foto: © Robertson / ASP.


Por Redação Waves.com.br

O brasileiro Gabriel Medina e a havaiana Bethany Hamilton são os convidados do Rip Curl Pro, segunda etapa do World Tour 2011 que acontece entre os dias 19 e 30 de abril em Bells Beach, Austrália.

Na última temporada, convidado pela primeira vez para o evento, Medina teve ótimo desempenho e chegou a derrotar o norte-americano CJ Hobgood, campeão mundial de 2001, na bateria de repescagem.

Na fase seguinte, o brasileiro deu trabalho ao bicampeão mundial Mick Fanning, mas acabou barrado pelo aussie na terceira fase da competição.

Fanning foi o carrasco do jovem surfista, na época com 16 anos, pois já havia derrotado o brasileiro no primeiro round em Bells Beach.

"Ganhei bastante experiência desde a última temporada. Enfrentar Mick Fanning duas vezes no mesmo campeonato me ajudou a aprender como competir melhor neste ano", declara Medina.

Hoje com 17 anos, Medina traz no currículo os títulos de campeão do Rip Curl Grom Search Intenacional em 2010 na mesma Bells Beach e campeão Mundial Amador 2010 na categoria abaixo dos 20 anos, conquistado na Nova Zelândia.

Além disso, com apenas 15 anos, Medina faturou uma etapa do WQS de nível 6 estrelas na praia Mole, Florianópolis (SC).

Já Bethany Hamilton ficou conhecida mundialmente em 2003, depois de sobreviver a um ataque de tubarão na ilha de Kauai, Hawaii, que lhe tirou o braço esquerdo.

A havaiana não abandonou às competições e surpreendeu o mundo ao conseguir surfar de igual para igual com atletas de ponta. Na luta para chegar à elite do surf mundial, Bethany tem nova chance de testar o surf contra as melhores atletas do mundo.

A atleta também não é estreante, participou como convidada do Rip Curl Pro Portugal e do Rip Curl Pro Search em Porto Rico na última temporada.

"Este ano, em especial, a elite feminina tem muitas atletas novas de alto nível e bem competitivas. Elas têm tanto talento que empurraram o nível do surf feminino. Só de assistir já é emocionante, por isso estou muito animada por competir", afirma Bethany.