sexta-feira, 2 de abril de 2010

Alejo destrói na Barra

Alejo Muniz faz bela estreia no Quiksilver Pro Junior. Foto: Pedro Monteiro.


Por Ader Oliveira

O catarinense Alejo Muniz não decepcionou na estreia e arrepiou as pequenas ondas da Barra da Tijuca (RJ) para brilhar na terceira fase do Quiksilver Pro Junior 2010, etapa de abertura da seletiva sul-americana para o Mundial Sub-20.

Em ondas fracas de até meio metro, Alejo fez uma bela apresentação e registrou as maiores pontuações da prova até o momento ao somar notas 7.83 e 6.23.

De volta às competições, o ubatubense Matheus Toledo descolou 4.67 e 5.33 para avançar em segundo, deixando em terceiro o pequeno catarinense Luan Wood.

Extremamente confiante, Alejo abriu a disputa com boas batidas e rasgadas numa esquerda que rendeu 7.83.

Em seguida, o catarinense de Bombinhas jogou duro de frontside e obteve 6.23 para totalizar o maior somatório do Quiksilver Pro Junior até o momento.

Com a performance, Alejo lidera a briga pelo prêmio DC Shoes Best Wave, que oferece R$ 1 mil ao autor da maior nota na Barra da Tijuca.

"Acho que este é o campeonato no qual estou me sentindo mais em casa. Estou aqui com vários amigos de Santa Catarina e num evento do meu patrocinador", diz Alejo, 20.

"Nunca havia participado de uma competição do meu patrocinador aqui no Brasil, mas estou bem tranquilo por disputar a seletiva do Pro Junior pelo quinto ano consecutivo. Entrei calmo, procurei me divertir e achei as ondinhas certas", continua o catarinense.

Alejo falou também da briga pelo DC Shoes Best Wave. "Por enquanto estou liderando, mas logo, logo serei superado porque vários nomes de alto nível ainda vão estrear. Acho que eles vão ultrapassar minha nota, mas espero me dar bem nas próximas baterias e quando enfrentá-los estar preparado para fazer o meu melhor", revela o atleta.

Atual 13o colocado no ranking unificado da ASP, Alejo sofreu duas derrotas prematuras nas últimas etapas do WQS disputadas na Austrália.

O catarinense caiu logo na estreia no 6 estrelas Prime em Margaret River e no 6 estrelas disputado na Tasmânia.

"Eu fiquei um mês inteiro doente antes do campeonato e voltei a surfar faltando dois dias para viajar para a Austrália. Porém, isso não é desculpa porque eu já estava recuperado. O problema foi que não consegui achar as ondas certas e errei a tática nos dois campeonatos. Estava com a mesma prancha que estou surfando aqui, ela está muito boa. Acho que faltou um pouco mais de concentração e saber me posicionar melhor na hora da bateria", comenta Alejo.

O novo sistema utilizado pela ASP no circuito mundial tornou ainda mais acirrada a briga pela classificação ao World Tour.

"Acho que está um pouco mais difícil que antes. Fácil nunca foi, mas acho que o complicado é as etapas de status Prime valerem tantos pontos em relação aos eventos 6 estrelas. Hoje em dia, se você quiser ter um resultado no 6 estrelas que sirva para entrar no ranking, você precisa fazer ou uma semi ou uma final. Antes, um nono lugar num 6 estrelas contava ponto para você entrar no World Tour. Mas acho que está igual para todo mundo, então continua a mesma coisa no final das contas", conclui o atleta.

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