segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Bruno vence e entra na briga



Por Redação surfbahia.com.br

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O ilheense Bruno Galini não quis saber de conversa e conquistou sua primeira vitória na elite brasileira neste domingo, na praia da Joaquina, Florianópolis (SC).

Bruno Galini surfou de forma incrível as ondas de meio metro com boa formação do domingo de Sol e calor em Floripa. Ele superou dois catarinenses nas fases decisivas.

Fez os recordes da etapa – nota 9,5 e 16,50 pontos – na semifinal contra o novo líder do ranking, Jean da Silva.

E na decisão do título, bateu o local da Joaca, Diego Rosa, que com o vice-campeonato entrou no grupo dos 30 que ficarão na elite para 2011.

Bruno Galini subiu da oitava para a terceira posição, atrás somente de Jean da Silva e do potiguar Alan Jhones.

Os outros seis surfistas com chances matemáticas de conquistar o título brasileiro de 2010 no Brasil Surf Pro são os paulistas Hizunomê Bettero (4.o lugar) e Heitor Pereira (5.o), os cariocas Pedro Henrique (6.o) e Leonardo Neves (7.o), o baiano Rudá Carvalho (8.o) e o alagoano Tânio Barreto (10). Se Jean passasse para a final em Floripa, a disputa ficaria restrita aos três primeiros do ranking apenas.

“Essa, acho que foi a bateria que mais me concentrei pra vencer e ter começado bem ela foi decisivo para a vitória. Eu sabia que tinha muita gente torcendo por mim para continuar na briga do título, então acho que toda essa energia vinda deles contagiou e peguei boas ondas na bateria”, disse Bruno Galini. Nessa bateria, ele estabeleceu novos recordes para o Brasil Surf Pro de Florianópolis. Depois, repetiu a dose contra Diego Rosa na final, sempre aumentando a diferença a cada onda surfada, até fechar o placar da sua primeira vitória na divisão de elite do surfe brasileiro por 14,67 x 10,44 pontos.

“A ficha não caiu ainda de que eu consegui vencer uma etapa do Brasileiro, uuhhu”, vibrou Bruno Galini, após ser carregado pelos amigos até o pódio. “Foi muito difícil ter que enfrentar dois catarinenses na semifinal e na final, mas eu surfei confiante, as ondas vieram pra mim, deu tudo certo e estou muito feliz pela minha primeira vitória na carreira. Meu amigo, Ader Oliveira, falou que eu precisava chegar na final aqui para entrar na briga do título, então sair com a vitória foi melhor do que o esperado. Eu somente acreditei que podia desde o início do campeonato, só pensava nisso, acreditar, acreditar, acreditar, foi tanta concentração nisso que terminei vencendo o campeonato, estou muito feliz”.

Apesar de toda a torcida a favor, os catarinenses pararam no inspirado Bruno Galini, que fez grandes apresentações no domingo de praia lotada na Joaquina. Diego Rosa participou como convidado local do Brasil Surf Pro de Florianópolis e ganhou trinta posições no ranking com o vice-campeonato. Subiu do 56.o para o 26.o lugar na classificação geral, ingressando no grupo dos 30 que serão mantidos na elite para o ano que vem. No entanto, vai precisar de outro convite para confirmar a vaga no Rio de Janeiro.

“Desde o início da semana o foco era entrar nos 30 primeiros, mas claro que a gente fica triste quando chega na final e não consegue vencer. Só que preciso ficar feliz pelo resultado e agora é esperar que os organizadores me dêem a chance de participar da última etapa para poder confirmar minha vaga pelo ranking do Brasil Surf Pro mesmo”, deseja Diego Rosa. “O Bruno (Galini) pegou as melhores ondas que entraram na final, eu acho até que errei na escolha, mas tudo bem, ele mereceu a vitória também”.

O joinvillense Jean da Silva está morando no Rio de Janeiro e é a esperança dos catarinenses poderem festejar um primeiro título brasileiro profissional do estado. Ele assumiu a ponta do ranking no sábado, quando ultrapassou o potiguar Alan Jhones com a classificação para as quartas de final. Ele continua na frente e vai diminuir a quantidade de concorrentes a cada bateria que passar na Barra da Tijuca.

“O Bruno mereceu. Vinha surfando bem o campeonato todo e deu tudo certo para ele na nossa bateria”, disse Jean da Silva. “Eu estava motivado também, querendo ir pra final, mas não deu e fiquei feliz pelo terceiro lugar também. Agora é ir com tudo pro Rio de Janeiro decidir o título lá. Sei que tem toda essa expectativa do primeiro título brasileiro de um catarinense e certamente vou tentar tudo pra acabar com esse tabu. Sei que não vai ser fácil, mas me sinto preparado para o desafio. Agora é só esperar”.

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